Numa violenta tempestade um barco vai à pique. Seu comandante consegue alcançar uma ilha e torna-se um naufrago. Da ilha enxerga um farol que se encontra no lugar para onde navegava. Sozinho e prisioneiro na ilha desabitada, o comandante divaga e reflete sobre o destino do homem, sobre o sentido da existência. Caronte. Robinson Crusoé. Tom Hanks.
Texto solo de alta carga poética dirigido pelo autor Samir Yazbek (o mesmo de O Fingidor e A Entrevista), e interpretado por Hélio Cícero, tarimbado ator que com este espetáculo festeja seus 30 anos de carreira. Ambos são oriundos do CPT de Antunes Filho.
Assisti a um ensaio do espetáculo, depois vi a estréia e a seguir, a segunda apresentação. O teatro é mesmo um ser vivo. Impressionante o crescimento da peça de uma ocasião para outra. A performance se alterou sempre para melhor. A integração dos diversos elementos do espetáculo afinou-se um pouco mais.
Na primeira noite os aplausos foram apenas protocolares. Na noite seguinte o silêncio do público era pesado e significativo e os aplausos vieram carregados de calor. A performance de Hélio Cícero foi, na primeira noite, muito técnica, exterior. Na segunda, foi quente, carregada de nuanças e força dramática.
Minhas observações sobre cada uma das apresentações chamam atenção para o fato de que o teatro além de efêmero, é extremamente sensível para se fazer acontecer. O público da segunda apresentação assistiu um espetáculo completamente diferente daquele que foi visto na noite de estréia.
Me chamou atenção o fato de que todos os elementos da peça querem aparecer com igual intensidade. É a procura da harmonia no exagero. São vários os elementos utilizados pelo diretor. Signos em profusão e completa autonomia. Assim, parece que a trilha sonora é tão importante quanto o cenário que é tão importante quanto a luz que é tão importante quanto o texto que é tão importante quanto o ator. O ator interage com praticamente todas as coisas do espetáculo, mas mesmo assim, cada um dos elementos destaca-se por si só. O cenário é muito bonito. Um tanto pret-à-porte, ou seja, serve para muitas peças. A iluminação é um ponto alto do espetáculo, mas está ali sempre presente, sempre extremamente a vista do espectador. A trilha sonora é composta de sons dissonantes, fortes. Os vários adereços que surgem de maneira surpreendente, logo se mostram uma incógnita. Cada um espectador os lê como bem entender e, penso, que muitas vezes o público não alcança os significados possíveis contidos nos adereços.
Texto solo de alta carga poética dirigido pelo autor Samir Yazbek (o mesmo de O Fingidor e A Entrevista), e interpretado por Hélio Cícero, tarimbado ator que com este espetáculo festeja seus 30 anos de carreira. Ambos são oriundos do CPT de Antunes Filho.
Assisti a um ensaio do espetáculo, depois vi a estréia e a seguir, a segunda apresentação. O teatro é mesmo um ser vivo. Impressionante o crescimento da peça de uma ocasião para outra. A performance se alterou sempre para melhor. A integração dos diversos elementos do espetáculo afinou-se um pouco mais.
Na primeira noite os aplausos foram apenas protocolares. Na noite seguinte o silêncio do público era pesado e significativo e os aplausos vieram carregados de calor. A performance de Hélio Cícero foi, na primeira noite, muito técnica, exterior. Na segunda, foi quente, carregada de nuanças e força dramática.
Minhas observações sobre cada uma das apresentações chamam atenção para o fato de que o teatro além de efêmero, é extremamente sensível para se fazer acontecer. O público da segunda apresentação assistiu um espetáculo completamente diferente daquele que foi visto na noite de estréia.
Me chamou atenção o fato de que todos os elementos da peça querem aparecer com igual intensidade. É a procura da harmonia no exagero. São vários os elementos utilizados pelo diretor. Signos em profusão e completa autonomia. Assim, parece que a trilha sonora é tão importante quanto o cenário que é tão importante quanto a luz que é tão importante quanto o texto que é tão importante quanto o ator. O ator interage com praticamente todas as coisas do espetáculo, mas mesmo assim, cada um dos elementos destaca-se por si só. O cenário é muito bonito. Um tanto pret-à-porte, ou seja, serve para muitas peças. A iluminação é um ponto alto do espetáculo, mas está ali sempre presente, sempre extremamente a vista do espectador. A trilha sonora é composta de sons dissonantes, fortes. Os vários adereços que surgem de maneira surpreendente, logo se mostram uma incógnita. Cada um espectador os lê como bem entender e, penso, que muitas vezes o público não alcança os significados possíveis contidos nos adereços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário